sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Com a palavra (Informe Nº 03 - Ago/2010)

No vai e vem das relações de trabalho e até pessoais, o que mais grita é a questão relativa ao tempo. Tem sido um assunto recorrente em reuniões. A lentidão com que as coisas acontecem em meio a tanta tecnologia é contraditória. Como trabalhar bem, desse modo? O que é que pega?
Conversamos, trocamos impressões e o que fica é a certeza de que, apesar de todo o aparato e sofisticação na comunicação, as relações humanas ainda dão o tom mesmo que, por vezes, fora dele. Ainda que pra justificar esquecimentos, atrasos e atos falhos, às vezes personifiquemos a agenda, culpando-a. Um hábito verbal que, num certo grau de confusão e crença, nos redime perante a nós mesmos, como se a agenda se preenchesse sozinha. Daqui a pouco o teclado é quem não responderá aquele e-mail urgente, não nós! E acreditaremos. Sinistro!
À parte a suposta comicidade ou tragicidade de alguns fatos, tem a questão do tempo de ‘um’ e o tempo do ‘outro’. Do que é importante pra ‘um’ e do que é para o ‘outro’. Contatar, responder, retornar não é uma questão de tempo ou de interesse, mas de respeito. Mesmo ao que não nos interessa. Não podemos perder isso como parâmetro em qualquer área da atividade humana, que dirá nas artes!
Não é o tempo que passa, nós é que passamos. Ou o nosso tempo passa. Mas ninguém quer passar pelo tempo ou que passe o seu tempo numa indiferença. E o que mais preocupa de toda essa superficialidade no sentido do tempo, é que legado deixaremos aos que vem vindo. Ah, e nesse contexto é bom nos perguntarmos o que levaremos conosco para um outro tempo. Vale?
A Coordenação

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