sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Com a palavra (Informe Nº 04 - Set/2010)

Uma efervescência teatral, é o que se pode dizer desse período na cena cultural caxiense. Temos duas estréias interessantíssimas, da terrinha, além da extensa programação do Caxias em Cena, que traz aos palcos e às ruas espetáculos daqui e de fora da cidade. Embora com um formato a ser revisado por todos nós, justamente pra aumentar a sua eficácia, a Temporada do Teatro Caxiense mesmo assim tem mantido um espaço interessante para a classe e tem conquistado um público que lentamente vai se acostumando ao jeito que está aí e, sem perceber, já fica mais preparado para os próximos eventos. Outro modo de incentivar é a Mostra de Teatro Estudantil, que surpreende adolescentes e crianças com essa 'brincadeira séria'. É a fome que se vai criando. Há pouco, em agosto, aconteceu a Mostra de Teatro Mulher em Cena. Se o teatro vive em crise, um teatro que chama atenção para a mulher atriz e também para temáticas de gênero, poderia então fracassar em primeira instância! Realizou sua primeira edição com um número entre 40 e 60 espectadores. Esse ano foi além, alcançando num dos espetáculos quase cem espectadores, não ficando em nenhum dos dias com número inferior à Mostra do ano passado. Sinal que funciona. Mas o que funciona? Parcerias com empresas, entidades e colegas, panfletagem, divulgação online, cartazes (aliás, contamos com pouquíssimos espaços pra eles!!). Mas seguramente o que mais funciona é o próprio teatro. O teatro tem que ir aos bairros, tem que estar em vários lugares ao mesmo tempo, Caxias deve dar um jeito de se contemplar no tamanho em que se encontra. Também devemos lutar por mais espaços, pra que as temporadas possam realmente fazer jus ao nome. O público está maior e sensível, temos que manter isso. Alguém pode ir ao teatro porque vê um cartaz ou porque um amigo convida. Mas ele não volta pelo mesmo motivo: ele volta se o teatro o cativa. Se não há fome, a gente não come. E se há alguma fome, mas não tem a comida, a gente engana o 'estômago' com o que tem disponível, que pode ser restos de qualquer coisa.
A Coordenação

Com a palavra (Informe Nº 03 - Ago/2010)

No vai e vem das relações de trabalho e até pessoais, o que mais grita é a questão relativa ao tempo. Tem sido um assunto recorrente em reuniões. A lentidão com que as coisas acontecem em meio a tanta tecnologia é contraditória. Como trabalhar bem, desse modo? O que é que pega?
Conversamos, trocamos impressões e o que fica é a certeza de que, apesar de todo o aparato e sofisticação na comunicação, as relações humanas ainda dão o tom mesmo que, por vezes, fora dele. Ainda que pra justificar esquecimentos, atrasos e atos falhos, às vezes personifiquemos a agenda, culpando-a. Um hábito verbal que, num certo grau de confusão e crença, nos redime perante a nós mesmos, como se a agenda se preenchesse sozinha. Daqui a pouco o teclado é quem não responderá aquele e-mail urgente, não nós! E acreditaremos. Sinistro!
À parte a suposta comicidade ou tragicidade de alguns fatos, tem a questão do tempo de ‘um’ e o tempo do ‘outro’. Do que é importante pra ‘um’ e do que é para o ‘outro’. Contatar, responder, retornar não é uma questão de tempo ou de interesse, mas de respeito. Mesmo ao que não nos interessa. Não podemos perder isso como parâmetro em qualquer área da atividade humana, que dirá nas artes!
Não é o tempo que passa, nós é que passamos. Ou o nosso tempo passa. Mas ninguém quer passar pelo tempo ou que passe o seu tempo numa indiferença. E o que mais preocupa de toda essa superficialidade no sentido do tempo, é que legado deixaremos aos que vem vindo. Ah, e nesse contexto é bom nos perguntarmos o que levaremos conosco para um outro tempo. Vale?
A Coordenação

Com a palavra (Informe Nº 02 - Jul/2010)

Alguns rumores em torno do Prêmio Montagem. A preocupação com apenas quatro projetos inscritos para concorrer nesse edital. Nenhuma opinião formada, mas é interessante questionar essa situação. No ano passado houveram quinze concorrentes. Essa queda no número de inscrições certamente é bem significativa e talvez sintomática, pois no Financiarte/2010 o número de projetos inscritos também foi baixo. Vale lançar algumas perguntas pra irmos refletindo, quem sabe...
A classe está produzindo pouco, houve atraso na preparação do projeto ou é simples coincidência com uma questão de planejamento? O número de inscritos é mesmo tão relevante? Pode estar havendo desânimo por parte de pessoas e grupos, referindo-se a avaliações de projetos anteriores? E por último, pode estar havendo uma falta de estímulo para montagens, devido à escassez de espaços na cidade para manter em cartaz os espetáculos?
Percebemos que a tendência é apavorar-se e ficar na superficialidade.Discutimos tão pouco o teatro e os mecanismos para desenvolvê-lo, em nossa cidade, que torcemos para que essas perguntas impulsionem algumas reflexões. Dê sua opinião!
A Coordenação

Com a palavra (Informe Nº 01 - Jun/2010)

Estamos retornando com os Informativos da Associação. Ano de eleição e, portanto, nova fase:
reorganização das atividades, distribuição das funções, mas principalmente reorganização do pensamento para melhor direcionar a ação.
O Informativo retornou diferente e a Associação com muitas coisas a fazer. Informações, indicações, agenda, serviços. Agora vocês também poderão acessar o Blog, reativado para ser mais uma fonte de informação e qualificação. Além das atividades e serviços desenvolvidos pela Acat, ele vai trazer
entrevistas, literatura, opiniões e muitas outras coisas.
Envie para o nosso e-mail sugestões e indicações. Se possível, participe conosco na organização de
projetos e trabalhos. Uma Associação se faz assim: antes de qualquer coisa, de pessoas.

A Coordenação

terça-feira, 6 de julho de 2010

Títulos Teatrais - Biblioteca Municipal de Caxias do Sul

Na Biblioteca Municipal de Caxias do Sul é possível encontrar diversos Títulos Teatrais tanto para consulta local/pesquisa quanto para retirada. Segue abaixo listagem atualizada pela biblioteca em 2009.


*Títulos para consulta local

• Antonin Artaud – O Teatro e seu duplo.
• Augusto Boal – Teatro do opinião e outras poéticas políticas (2 exemplares)
• Augusto Boal – Jogos para atores e não atores
• Gerd Bornheim – Brecht a estética do teatro
• Enio Carvalho – História e formação do ator
• Valdemir do Carmo, Denise Kluge, Marcus Almeida – O ato de fazer teatro: na experimentação da linguagem expressiva.
• Antonio Januzelli, Janô – A aprendizagem do ator.
• Sábato Magaldi – Iniciação ao teatro.
• Fernando Peixoto – O que é teatro
• José Antonio Pasta Junior – Trabalho de Brecht: breve introdução ao estudo de uma classicidade contemporânea.
• Olga Reverbel – O texto no palco.
• Jean Jacques Roubine – A arte do ator
• Jean Jacques Roubine – A linguagem da encenação teatral.
• Constantin Stanislavski – Manual do ator.
• John Willet – O teatro de Brecht.
• Hilton Carlos de Araújo – Teatro integrado experiências: coleção cartilhas de teatro – volume VIII.
• Margot Berthold – História Mundial do teatro.
• Olga Reverbel – Teatro: Uma síntese em atos e cenas. (2 exemplares)
• Editor Victor Civita – Teatro vivo: Introdução e história
• Jean Luc Dejean – Le Théâtre français d’ aujourd’ hui.
• Maria Inez Barros de Almeida – Panorama visto do Rio: Cia. Tônia – Célia - Autran.
• Paulo Autran – Ciclo de palestras sobre o teatro brasileiro - 6.
• Tônio Carvalho – Ciclo de palestras sobre o teatro brasileiro - 11.
• I concurso nacional de monografias – 1976 1º e 2º lugares: (Valdemar de oliveira – O capoeira: um teatro do passado. / Maria de Lourdes Rabetti Gianella, Tânia Brandão Pereira das Neves – Da análise do texto teatral.)
• Cleyde Yáconis, Jardel Filho, Madalena Nicol, Nidia Lúcia, Paulo Autran, Rui Afonso e Tônia Carrero – Depoimentos IV.
• Yan Michalski – Reflexões sobre o teatro brasileiro no século XX.
• Monografias 1977 – (Tânia Brandão – Martins Penna e a Questão do Teatro Nacional/Geir Campos – O problema da tradução no teatro brasileiro/Equipe sob orientação de Maria do Carmo – Gota D’água: A trajetória de um mito/Jaime Rodrigues – As idéias e as palavras: notas sobre a identidade Cultural de L. C. Martins Penna/Waldemar de Oliveira – Teatro Santa Isabel: do sonho de Francisco Rego Barros à realidade de 18 de maio de 1850.)
• Monografias 1979 – (Tânia Brandão – Oficina: o trabalho da crise/Maria Lucia de Mendonça Lima – As antenas da raça/Luiza Maria Carravetta – O teatro, a literatura e a montagem audiovisual.)
• Monografias 1980 – (Lúcia Maria Mac Dowell Soares – O teatro político do arena e de Guarnieri/Ângela Leite Lopes – Nelson Rodrigues e o fato do palco/Gilberto e Maria Helena de Oliveira Kühner – Os centros populares de cultura: momento ou modelo?
• Marta Morais da Costa, Celina Alvetti, Maria Thereza B. Lacerda, Eddy Franciosi – Teatro Paraná
• Sandra Alencar – Atuadores da Paixão (2 exemplares)
• Lothar Hessel – O teatro no Rio Grande do Sul
• 100 Termos Básicos da Cenotécnica: Caixa Cênica Italiana
• Coordenadora Loraine Slomp Giron – Caxias em Cena
• Oficina Arquitetura Cênica – Projeto Resgate e desenvolvimento de técnicas cênicas
• Programa de Arquitetura Cênica: integrado a funções de ensino – Aprendizagem e difusão cultural
• Oficina Iluminação Cênica – Projeto resgate e desenvolvimento de técnicas cênicas
• Oficina Cenotécnica – Projeto resgate e desenvolvimento de técnicas cênicas
• Stella Adler – Técnica de representação teatral
• Hilton Carlos de Araújo – Artes Cênicas: introdução à interpretação teatral
• Petter Brook – A porta aberta
• Michael Chekhov – Para o ator
• Olga Reverbel – Oficina de teatro
• Jo Salas – Play back Theatre: Uma nova forma de expressar ação e emoção
• Viola Spolin – Improvisação para o teatro
• Constantin Stanislavski – A construção da personagem (2 exemplares)
• Constantin Stanislavski – A preparação do Ator (2 exemplares)

*Títulos para retirada

• Exercícios de palco - Maria Clara Machado, 1994
• 3 Mulheres de Xangô - Zora Seljam, 1978
• Vulgus Homine - Valmor Luiz Abegg
• Absurda aldeia - Marco Antonio de Oliveira Aguiar
• Coração Materno - Isolina de Almeida
• A fada que tinha idéias – Fernanda Lopes de Almeida, 2004
• Isto é natal – Noemi Tatsch Alves
• Cadeira Vazia – Ana Beatriz
• Lisístrada; As nuvens – Aristófanes, 1977
• O arquiteto e o imperador da Assíria – Fernando Arrabal
• Piquenique no Front – Fernando Arrabal
• A Kuka de Kamaiorá – Leilah Assunção, 1978
• A consciência da rosa quebrada – Zirta Beatriz, 1983
• As bodas de fígaro – Pierre Augustin Caron de Beaumarchais, 1976
• Esperando Godot – Samuel Becket
• O mágico de óz – Tatiana Belinky, 2004
• Teatro da Juventude - Tatiana Belinky, 1988
• Teatro da Juventude II - Tatiana Belinky, 1988
• As aventuras do Super Espantalho contra o Dr. Corvo – Ivo Bender
• As cartas marcadas – Ivo Bender
• Crime na biblioteca – Ivo Bender
• O macaco e a velha – Ivo Bender, 1985
• O banquete – Lúcia Banedetti
• América – Eber Mazulo
• O delito na ilha das cabras – Ugo Betti
• A lenda do lobisomem – Augusto Biglia
• O começo é sempre difícil; Coerdélia Brasil; Vamos tentar outra vez – Antonio Bivar
• O sorriso de pedra – Pedro Bloch
• Murro em ponta de faca – Augusto Boal
• Ela – João Alberto Soares
• Chamando atenção para um ponto de encontro – R. Bolívar, 1987
• Os nojentos – R. Bolívar
• Perdoa – Osvaldo Borba
• Os sete sermões aos mortos escritos por Basilides de Alexandria – M. Rosa
• Menino Minotauro – Luiz Felipe Botelho, 2003
• Cadeiras proibidas – Ignácio de Loyola Brandão
• Nadim Nadinha contra o rei do Fuleiro – Mario Farias Brasini
• Depois que papai se foi... – Julio Emílio Braz
• A exceção e a regra – Bertold Brecht
• Os fuzis da senhora Carar – Bertold Brecht
• Um homem é um homem – Bertold Brecht
• A Santa Joana dos Matadouros; A exceção e a regra; A mãe; Os sete pecados cap... – Bertold Brecht, 1990
• A Jaula – Carlos Buchmann
• Cadernos de teatro – 1971
• A volta ao mundo num cachecol – Renato de Amaral Campão
• Em busca do mundo mágico de Óz – Volnei Cunha Canônica
• Lampião no véu – Eliana Carneiro, 2002
• Doce vampiro - Carlos Carvalho
• PT saudações – Carlos Carvalho
• O pulo do gato – Carlos Carvalho
• As três luas de junho e uma de julho – Antônio Carlos dos Santos Carvalho
• Teatro para quem nunca fez teatro – Tenê de Casa Branca, 1982
• O auto dos 99% - Centro de Cultura da UNE
• A paixão de Oscar Wilde – Murilo Dias César
• A viajem das sensações – Doc Comparato
• Covil das Najas – John Cruyer
• Doutor X, um analista muito louco – Jairo Culau
• A aventura da palavra mágica – Rosa Culha
• As bonequinhas – Vanderlei L.C. da Cunha
• Sombras – Arlete Cunha
• O ferreiro e a morte – Mercedes Rein
• A outra face da moeda – Elizon D’Aquino
• Zoombie a legião dos mortos – Olindo Dias
• Meia meia nove – João Batista Diemer, 1988
• Rua tal numero qual – João Batista Diemer
• Dramaturgia; 1980 – Instituto Nacional de Artes, 1980
• A visita da velha Senhora – Friedrich Durrenmatt, 1976
• Ramom, o filoteto americano – Carlos Henrique Escobar
• Medeia – Eurípedes
• O testamento – Gioacchino Forzano
• A menina sem nome – Guilherme Figueiredo, 1972
• Teatro de França Junior – Joaquim José de França Júnior, 1980
• Dona Rosita a solteira – Federico Garcia Lorca
• Pequeno ratábulo de Dom Cristóvão – Federico Garcia Lorca
• Meu príncipe encantado – Veruska Gautiér
• Fausto – Johann Wofgang Goethe
• O inspetor geral – Nicolau Vasssilievich Gogol, 1976
• 2075... poissivelmente – Simão Goldman
• Arlequim, servidor de dois amos – Carlo Goldoni
• O santo inquérito – Dias Gomes
• Os milagres das Sta. Terezinha – João Gonçalves
• Um caipira na cidade – Rosalvino Rodrigues Gouveia
• Elvis, o ídolo mortal – Rosalvino Rodrigues Gouveia
• Recital de textos poéticos – Grupo de teatro da FURGS
• Um rubi no umbigo – Ferreira Gullar
• Não julgues para não serdes Julgado – Amaral Gurgel
• O seu último natal – Amaral Gurgel
• Cabelo de bombril – Gilmar hermes
• O homem da américa
• Azeite, meu netinho – Sérgio Ilha
• A musa de salto agulha – Sérgio Ilha
• O Rinoceronte – Eugene Ionesco
• O Ubu rei – Alfred Jerry
• Lá – Sérgio Jockymann
• Se – Sérgio Jockymann
• Jorginho, o machão
• Cama e mesa – Max Kruger
• Aventuras de um diabo malandro – Maria Helena Kuhner
• O leite da leoa
• Sob o signo de unicórnio – Camilo de Lélis
• O tatu – Cícero F. V. Lopes
• A ópera do jornaliero – André Luis Porto Macedo
• O novo Otelo – Joaquim Manuel de Macedo
• Aprendiz de feiticeiro – Maria Clara Machado
• A aventura do teatro – Maria Clara Machado (2 exemplares)
• Hoje tem espetáculo – Maria Clara Machado
• No país dos prequetés – Maria Clara Machado
• Pluft, o fantasminha – Maria Clara Machado
• Teatro;1 – Maria Clara Machado (3 Exemplares)
• O próximo - Terrence Mcnaly
• Madalena, a mulher que comprou flores para o seu próprio enterro
• Canção dentro do pão – Raimundo Magalhães Junior
• Como me tornei gorda – Paulo R. Soares
• Negrinho do Pastoreio – Delmar Mancuso
• Irineu, Irineu..(em que rabo você se meteu!) – Aécio Augusto Marcel
• Em seu gordo pedestal de hipocrisia: a senhora Demência joga cabra-cega – Fátima Marques
• Quem casa, quer casa – Luis Carlos Martins Pena
• A arte de perder as estribeiras - Raquel Pilger
• O teatro Infantil – Zuleika Mello
• Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá – Fernando Melo
• Escola de Mulheres – Moliere
• Preto e branco – Cícero de Moraes Neto
• O craque – Cristóvão Moreno
• Grito de espera – Gecy dias de Moura
• Mutilado de guerra
• A travessia – Nely A. Guernelli Nucci
• A fonte – Erico Veríssimo
• A maldição do vale negro – Luiz Artur Nunes
• Teorias de um novo mundo – Maria da Graça de Oliveira Nunes
• O pintor – Lygia Bojunga Nunes
• Do fundo do lago escuro – Domingos de Oliveira
• Nadistas e tudistas – Roberto Salerno de Oliveira
• Eu chovo, tu choves, ele chove... – Sylvia Orthof
• Baby – João Batista Padilha
• Marias e Dinas – Mira Palheta
• O assalto – José Vicente de Paula
• Peças breves e deliciosas
• Querido papai – Luiz Menezes Peduto
• A vida eterna – Gelio Rodrigues Pereira
• Os três gostosões – Alvaro Peres Filho
• O desejo agarrado pelo rabo – Pablo Picasso
• Deu proce’s – Marcel Melo Plasse
• Fabrica de chocolate – Mario Prata
• Mateus e Mateusa; Corpo santo – José Joaquim de Campos Leão
• B em cadeira de rodas – Ronald Raade
• A fossa – Ronald Raade
• Uma história pelo avesso e outras histórias... – Gabriela Rabelo
• Uma história pelo avesso e outras histórias – Gabriela Rabelo
• Pra lá deste quintal – Jansel Maciel Ribeiro
• “”Muda Bolicho”” – Paulo de Tarso de Borba Riccordi
• Não seria o Arco do Triunfo um monumento ao pau-de-arara? – Licinio Rios Neto
• Eles são loucos – Jorge Suminski da Rocha
• O rebelde – Carlos Rodrigues Rocha
• Cada um tem sua história – Irineo Pinto Rodrigues Netto
• A serpente – Nelson Rodrigues
• Valsa N° 6 – Nelson Rodrigues
• O Barbeiro de Sevilha – Gioacchino Antonio Rossini
• Loucos e caretas numa farsa de verão – Pedro Santos
• “”School’ sout”” – Pedro Eugenio Araújo Santos
• Entre quatro paredes – Jean-Paul Sartre
• A flauta mágica – Emanuel Schikaneder
• Maria Stuart – Frederico Schiller
• A ronda – Arthur Schnitzler
• Hamlet – William Shakespeare
• A megera domada – William Shakespeare
• Rei Lear – William Shakespeare
• Sonho de uma noite de verão – William Shakespeare
• O senhor quer fazer amor aqui em casa? – Dejair Cardoso da Silva
• O Gaudério – Jaime Barbosa da Silva
• Nada como ser amigo de Iara – Maria da Silva
• Os Viciados – Jaime Barbosa da Silva
• As aventuras de Sem Forma nos 4 Reinos do Universo – Celso Soalha
• Antígona – Sófocles
• A Bomba – Alexandrino de Souto
• O santo e a porca – Ariano Suassana
• Coração de criança – Milton Tavares
• A gaivota; O tio Vânia – Anton Tchkov
• O teatro das maravilhas
• Teatro infantil; 1977
• Teatro infantil; 1978
• Octaedro ou a oitava voz – Eduardo Russovski Tessler
• A verdade de um escravo, ou o boi pintado
• O analista de Bagé – Luis Fernando Veríssimo
• Moço em estado de sítio – Oduvaldo Vianna Filho
• Nietzche no Paraguay – Julio Zanotta Vieira
• A verdadeira história de João e Maria ou Verdades e Mentirinhas – Fernando Villar
• Mandrágora Fêmea – Ivan Hingo Weber
• De como lhe foi extirpado o sofrimento ao Senhor Mockimpott – Peter Weiss
• Um bonde chamado desejo; A morte do caixeiro-viajante – Tennessee Williams
• Crisis – Federico Wolff
• Zorba, o grego
• Comédias do coração – Carmen Silva

terça-feira, 22 de junho de 2010

Homenagem ao Zé do Rio - Título de Cidadão Caxiense





No dia 15 de abril de 2010, José de Oliveira, conhecido por todos como Zé do Rio, recebeu o título de Cidadão Caxiense na Câmara dos Vereadores de Caxias do Sul.
Segue abaixo discurso proferido pela Coordenadora da ACAT (Associação Caxiense de Teatro) Tina Andrighetti em homenagem ao Zé.

Uma boa noite a todos e em especial, ao Zé, porque a noite é dele. Em nome da Associação Caxiense de Teatro, gostaria de registrar o quanto o Zé merece esse reconhecimento. Quando o Zé, numa ocasião, manifestou esse desejo, fui muito reticente e preconceituosa. Não por achar que ele não merecesse, mas porque eu não gosto de títulos. E isso ocupou meus pensamentos por um tempo, conversei com algumas pessoas. Evidentemente eu respeito, senão não estaria aqui. Aí a iniciativa de homenagear o Zé do Rio foi criticada, o vereador Beltrão foi criticado, o Zé!!! Foi ciritcado! Acho que da mesma forma que outras homenagens devem ter sido criticadas. Isso causou não só em mim uma irritação, porque o Zé está aqui há mais de 30 anos e marcou muito bem a sua presença. Mas depois pensamos no direito que "os críticos" tinham de se manifestar, mesmo que a opinião fosse essa. Na época não foi possível a gente se pronunciar, rebater (Semana do Teatro), mas acabou sendo interessante porque eu pensei e conversei sobre o que é ser cidadão, seja caxiense ou do mundo. Pensei em mim, na minha família, nos amigos em outras pessoas... Que critérios escolhem o cidadão? Aí lembrei de uma piadinha da Etiópia, meio velha. Da época que a Etiópia era mais bambambam e mais teleturística que o Haiti, ou Brasil. Porque não é mais o Hawaí, hoje Caetano deveria cantar "o Haiti é aqui". Mas enfim, o Papai Noel sobrevoava a Etiópia e, olhando para as crianças lá embaixo disse: Hohoho! Criançinha que não come não ganha presente! Essa é a nossa sociedade, as políticas são regidas por esse princípio. O cara se acabando no craque, nunca vai ganhar um título, porque ele não escreveu livros ou fez coisas edificantes para a cidade. Como não? Está fazendo sim. Deveriam ao menos reconhecer que é ele quem sustenta principalmente todos os excessos materiais da população, a possibilidade do outro escrever o livro. Ao menos nessas condições.
O funcionário-padrão, o artista que se acomoda ou se vende, a menina que se prostitui, o menino que assalta... Ou seja, a sociedade se divide em superiores e inferiores. Quem tem a sorte ou a lucidez ou, na pior das hipóteses, a esperteza, pode ser mediano. É essa consciência que parece faltar. Da carência que o capitalismo planta, das deficiências que cria e dos direitos que rouba, para depois se apenas indiferente. Ou no máximo, bancar o superior bonzinho que ajuda o necessitado. E é essa consciência que o Zé sempre demonstrou ter. O Zé é sim, cidadão. Caxiense porque mora aqui há muitos anos. O Zé sempre respeitou leis, respeitou as pessoas, respeitou a natureza das coisas, trabalhou pelos artistas, por toda a população e não só por ele.
O Zé tocou com o seu dedo verde em tudo o que temos hoje na área artística: a SMC, as leis de fomento, o extinto Projeto GentEncena, isso para citar algumas coisas. Escreveu um, dois, dez livros? Não interessa! Inscreveu milhares de frases significativas, através da sonoridade e da imagem corporal. Palavras e imagens que ecoaram, ainda ecoam e vão ecoar muito também através de outras pessoas. Hoje ele sofre pelo lixo dito arte que nossas crianças comem, e também isso vai fazer efeito na sociedade. O Zé foi e é livre. Sem se prender a instituições, ele voou pra onde ele quis ou achou necessário. E hoje pousou aqui, sem pó nem cheiro de naftalina. Graças aos deuses e às deusas, mais um cidadão caxiense que não se encaixa nos moldes, mas está ocupando o que lhe é de direito, se é esse o seu desejo. Sem fazer mal a ninguém, a não ser aos moralistas. Em nome de todos da ACAT e muito mais, o nosso abraço sem condição nenhuma.
Foto: Tina Andrighetti coordenadora da ACAT e Zé do Rio.

sábado, 5 de junho de 2010

Homenagem à ACAT




Discurso proferido pela Coordenadora Tina Andrighetti, no dia 21 de outubro de 2009. (Durante homenagem na Câmara de Vereadores - indicação encaminhada pelo Vereador do PT Rodrigo Beltrão, aceita unanimemente por todos (as) vereadores (as) das bancadas.




Boa tarde a todos. Gostaria de cumprimentar o Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Elói Frizzo, os vereadores, as vereadoras e a todos aqui presentes. E os meus colegas, que vieram compartilhar esse importante momento. E ao vereador Rodrigo Beltrão, pela gentileza dessa iniciativa.

Em nome da coordenação da ACAT, gostaria também de cumprimentar a todos os colegas que participaram de outras gestões – Zika Stockmans, Roque Backendorf, Jorge Valmini, Ranulfo dos Santos, Juarez Barazzetti e também todos os colegas e simpatizantes - pois a Associação vem marcando sua presença num crescente, e cada um que a integrou exerceu um papel fundamental.

É com surpresa e muita satisfação que recebemos a notícia dessa homenagem. Em 20 de julho desse ano, a ACAT – Associação Caxiense de Teatro completou vinte anos. Para comemorar, realizamos um debate e uma festa. Hoje, essa homenagem vem complementar, dando uma idéia de que as comemorações continuam, pois estamos nos sentindo sinceramente presenteados.

A ACAT surgiu em 20 de julho de 1989, em meio a necessidades e expectativas num cenário artístico e cultural que já vinha insinuando seu potencial. A atividade teatral já marcava presença há muito tempo e era de fundamental importância uma entidade que unificasse e defendesse os interesses comuns, dando aos artistas também o status de uma classe organizada. Míseri Coloni, Misturas e Bocas, Oficina Um, Trancos e Barrancos, Mímesis, TER, In Atos, Uma Pontinha pra Fora, Ribeiro Cancela, foram os primeiros grupos a se reunir em torno dessa idéia.
Antes, ainda, na década de 60, existia o Ateliê de Teatro da Aliança Francesa, com o sr Nilton Scott, como um dos integrantes, grupo que certamente impulsionou o teatro na cidade e, conseqüentemente, sua necessidade de organização. É curiosa a linha do tempo. Naquela época esse grupo lamentava os 18 metros quadrados que dispunham para apresentações, lamentavam as dificuldades artísticas e monetárias e reivindicavam a construção de um Teatro Municipal. Hoje, lamentamos as mesmas coisas e continuamos a reivindicar o Teatro Municipal, mas agora como espaço apenas para as artes. E reclamamos por mais espaços, pois a demanda é outra. Sinal de crescimento.

Da criação da ACAT até hoje muitas foram as ações e parcerias. E como toda comemoração traz consigo reflexões, achamos pertinente repetir aqui uma reflexão lançada por ocasião do aniversário, no qual dizemos que, ao longo desses anos, e especialmente neste, todos nos perguntamos quem é a Associação Caxiense de Teatro e a que veio. Por quem é formada e que representatividade possui. Em meio a altos e baixos, a aparições vaidosas e momentos de apatia, a ACAT busca sua identidade, num ir e vir de uma Caxias que ainda se descobre cultural e artisticamente.

Num contexto de insegurança e incerteza, é salutar ainda nos perguntarmos todo dia se estamos inteiros, até que ponto estamos costurados a essa estrutura capitalista que, numa velocidade estonteante, apropria-se de tudo e transforma também gente e arte em mercadoria. Velocidade tal, que nos acostumamos a repetir isso sem entendermos muito bem como e em que nos emaranhamos, enchendo-nos de contradições, como tornar simplista a visão do mendigo dormindo na rua - “normal para o contexto”, ou aderir a dizeres como “tudo é arte”, ao mesmo tempo que reclamamos. Se prestarmos atenção, significados e valores que damos às coisas, às pessoas e acontecimentos, fazem parte do mesmo movimento. E refletem os afetos de cada um.

A que veio e para quem?
A ACAT é a cara dos tempos? A ACAT é a nossa cara?
Essa reflexão é necessária, porque uma Associação não se faz de papéis, e sim de pessoas. E mesmo com direito a comemorações, não queremos tinta nova na fachada, nem um laço de fita. Pelo contrário, queremos uma tomografia. Por isso a reflexão deve ir além. A Associação, antes de qualquer coisa deve representar o teatro na sua essência. Como disse Oduvaldo Vianna Filho, um dos maiores dramaturgos brasileiros, “...a função do teatro é ser educativo. Não no sentido didático e informativo. Educativo no sentido da organização subjetiva do homem”. O teatro trabalha com o sentimento, com o coração e dialoga com o oculto. E não é da sua natureza pactuar com o que leva o mendigo a dormir na rua e muito menos pactuar com “tudo é arte”. Como não é da sua natureza ficar “adaptando” suas criações aos interesses elitistas, fugazes e individualistas. Assim, uma Associação, no nosso entender, deve articular os interesses diversos, mas tendo como único foco, em todas suas ações, o fazer teatral que edifica e dignifica o ser humano. Do contrário, ela é uma Associação de qualquer coisa, menos de uma forma de arte transformadora por excelência. Diz Peter Brook, importante diretor teatral, que a arte do teatro precisa ter substância e significado, e que a substância, é a densidade da experiência humana. Portanto, do sensível.

É isso que buscamos ou que devemos buscar em cada diálogo que temos com o poder público, com as empresas, com os espaços, com os colegas, com vocês hoje. De que forma podemos ser parceiros na arte e na cultura, deixando o teatro ser o que ele é e viabilizando o que ele necessita. É essa a densidade que buscamos incansavelmente no Gentencena, projeto que tem sido possível porque o diálogo entre as partes está conquistando uma qualidade cada vez mais refinada. Porque se entende a urgência em devolver ao indivíduo o direito à verdade e à expressão genuína.

E com esse pensamento, a Associação segue sua luta, buscando recuperar um fiar junto, que se perdeu no autoritarismo, em nome da arte, do ser humano e de um presente melhor. Sem esse, não tem futuro melhor.

Sem falsa modéstia, achamos que nossa cidade ganha muito com isso. Por isso, essa homenagem é para toda a sociedade.
Obrigada.

Início

Primeiras reuniões para formar a ACAT se realizaram em 1988.

Núcleo de Oficinas - Oficinas e Encontros




Realizações do Núcleo de Oficinas:
- Seminário “Permanência das Vanguardas”, com Jessé Oliveira (2005)
- “Oficina e Criação de Textos Dramáticos”, com Paulo Berton (2007)
- Colóquio “Ética na Arte”, com os temas “A Essência na Prática Artística” e “Dramaturgia no Séc. XXI”, com PR Berton, Paulo Medeiros de Albuquerque, Liliane Viero Costa e Luis Fernando da Rosa(2007)

Realizações do Núcleo junto ao Projeto Gentencena em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura
- “Teatro de Rua”, com Helena Quintana (2001)
- “Oficina de Dramaturgia”, com Luis Paulo Vasconcelos”(2003)
- Curso “Experimentos em Teatro: Aspectos teórico-práticos”, com Jezebel De Carli
( 2005)
- Curso “Teatro de Rua e Espaços Alternativos”, com Jessé Oliveira (2006).
- “Oficina de Ritmos”, com Cristiane Ferronato (2005 e 2009)
- “Oficina de Metodologia e Prática Pedagógica” com Paulo Medeiros de Albuquerque (2008)
- “A Cena Pensada Colaborativamente”, com Jezebel de Carli (2009)
- “Oficina de Voz”, com Gutto Basso (2009)
- “Semana do Teatro”, com a vinda de Maria Helena Kühner e Paulo Medeiros de Albuquerque (2010).

Foto: Curso “Teatro de Rua e Espaços Alternativos”, com Jessé Oliveira (2006).

Breve Histórico da ACAT






Fundada em 15 de julho de 1989, a Associação Caxiense de Teatro – ACAT surgiu frente a necessidade de organização dos grupos que se formavam, transformando a realidade teatral em Caxias do Sul. Com o objetivo de desenvolver o teatro e representar o interesse de seus associados, já realizou diversos seminários, oficinas , mostras e feiras.
Em 1997 é criada a Secretaria Municipal da Cultura, ganhando a cena teatral na cidade uma nova dimensão, a partir da reflexão sobre políticas públicas para a cultura e a arte local. Como resultado, a ACAT celebra convênio com a Prefeitura de Caxias para a realização do projeto GentEncena, amparado na Lei Municipal 5.017, de 21 de dezembro de 1998. Criado no ano anterior por colegas da área, num contexto de inquietações e expectativas na cena cultural, inicia o processo de descentralização do teatro, desenvolvendo gratuitamente oficinas teatrais em bairros da cidade, e estimulando também o aprofundamento da prática teatral. Com a realização do convênio, tornou-se possível ampliar a área de atuação, além de valorizar o trabalho dos oficineiros, criando-se novas exigências quanto a sua qualificação, mediante a própria natureza do Projeto.
Em agosto de 1998, A ACAT participou do projeto de reforma do Teatro Municipal (Casa da Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima) e do projeto de revitalização da Cantina Antunes (espaço que hoje abriga o Centro Municipal de Cultura Dr Henrique Ordovás Filho).
Em janeiro de 2004 é criado o Núcleo de Oficinas, órgão da ACAT que tem por finalidade qualificar e aprimorar profissionalmente os oficineiros através de cursos, oficinas, seminários e outras atividades teórico-práticas, que promovam reflexões sobre o fazer teatral. Atualmente algumas atividades que promove têm se estendido também a todos que buscam se aprofundar: além dos oficineiros, oficinandos, professores e alunos, atores e atrizes.
Em 2005 apóia o espetáculo “Inferências”, do bailarino Nei Morais. Continuando parcerias, em 2006 é proponente do projeto “Binômio”, do Grupo Teatral Atores Reunidos, aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC Estadual), apoiando a circulação dos espetáculos “Sós” e “Extremos”. É representante na comissão das artes cênicas na Capital Brasileira da Cultura (CCBC), em 2008.