sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Com a palavra (Informe Nº 04 - Set/2010)

Uma efervescência teatral, é o que se pode dizer desse período na cena cultural caxiense. Temos duas estréias interessantíssimas, da terrinha, além da extensa programação do Caxias em Cena, que traz aos palcos e às ruas espetáculos daqui e de fora da cidade. Embora com um formato a ser revisado por todos nós, justamente pra aumentar a sua eficácia, a Temporada do Teatro Caxiense mesmo assim tem mantido um espaço interessante para a classe e tem conquistado um público que lentamente vai se acostumando ao jeito que está aí e, sem perceber, já fica mais preparado para os próximos eventos. Outro modo de incentivar é a Mostra de Teatro Estudantil, que surpreende adolescentes e crianças com essa 'brincadeira séria'. É a fome que se vai criando. Há pouco, em agosto, aconteceu a Mostra de Teatro Mulher em Cena. Se o teatro vive em crise, um teatro que chama atenção para a mulher atriz e também para temáticas de gênero, poderia então fracassar em primeira instância! Realizou sua primeira edição com um número entre 40 e 60 espectadores. Esse ano foi além, alcançando num dos espetáculos quase cem espectadores, não ficando em nenhum dos dias com número inferior à Mostra do ano passado. Sinal que funciona. Mas o que funciona? Parcerias com empresas, entidades e colegas, panfletagem, divulgação online, cartazes (aliás, contamos com pouquíssimos espaços pra eles!!). Mas seguramente o que mais funciona é o próprio teatro. O teatro tem que ir aos bairros, tem que estar em vários lugares ao mesmo tempo, Caxias deve dar um jeito de se contemplar no tamanho em que se encontra. Também devemos lutar por mais espaços, pra que as temporadas possam realmente fazer jus ao nome. O público está maior e sensível, temos que manter isso. Alguém pode ir ao teatro porque vê um cartaz ou porque um amigo convida. Mas ele não volta pelo mesmo motivo: ele volta se o teatro o cativa. Se não há fome, a gente não come. E se há alguma fome, mas não tem a comida, a gente engana o 'estômago' com o que tem disponível, que pode ser restos de qualquer coisa.
A Coordenação

Com a palavra (Informe Nº 03 - Ago/2010)

No vai e vem das relações de trabalho e até pessoais, o que mais grita é a questão relativa ao tempo. Tem sido um assunto recorrente em reuniões. A lentidão com que as coisas acontecem em meio a tanta tecnologia é contraditória. Como trabalhar bem, desse modo? O que é que pega?
Conversamos, trocamos impressões e o que fica é a certeza de que, apesar de todo o aparato e sofisticação na comunicação, as relações humanas ainda dão o tom mesmo que, por vezes, fora dele. Ainda que pra justificar esquecimentos, atrasos e atos falhos, às vezes personifiquemos a agenda, culpando-a. Um hábito verbal que, num certo grau de confusão e crença, nos redime perante a nós mesmos, como se a agenda se preenchesse sozinha. Daqui a pouco o teclado é quem não responderá aquele e-mail urgente, não nós! E acreditaremos. Sinistro!
À parte a suposta comicidade ou tragicidade de alguns fatos, tem a questão do tempo de ‘um’ e o tempo do ‘outro’. Do que é importante pra ‘um’ e do que é para o ‘outro’. Contatar, responder, retornar não é uma questão de tempo ou de interesse, mas de respeito. Mesmo ao que não nos interessa. Não podemos perder isso como parâmetro em qualquer área da atividade humana, que dirá nas artes!
Não é o tempo que passa, nós é que passamos. Ou o nosso tempo passa. Mas ninguém quer passar pelo tempo ou que passe o seu tempo numa indiferença. E o que mais preocupa de toda essa superficialidade no sentido do tempo, é que legado deixaremos aos que vem vindo. Ah, e nesse contexto é bom nos perguntarmos o que levaremos conosco para um outro tempo. Vale?
A Coordenação

Com a palavra (Informe Nº 02 - Jul/2010)

Alguns rumores em torno do Prêmio Montagem. A preocupação com apenas quatro projetos inscritos para concorrer nesse edital. Nenhuma opinião formada, mas é interessante questionar essa situação. No ano passado houveram quinze concorrentes. Essa queda no número de inscrições certamente é bem significativa e talvez sintomática, pois no Financiarte/2010 o número de projetos inscritos também foi baixo. Vale lançar algumas perguntas pra irmos refletindo, quem sabe...
A classe está produzindo pouco, houve atraso na preparação do projeto ou é simples coincidência com uma questão de planejamento? O número de inscritos é mesmo tão relevante? Pode estar havendo desânimo por parte de pessoas e grupos, referindo-se a avaliações de projetos anteriores? E por último, pode estar havendo uma falta de estímulo para montagens, devido à escassez de espaços na cidade para manter em cartaz os espetáculos?
Percebemos que a tendência é apavorar-se e ficar na superficialidade.Discutimos tão pouco o teatro e os mecanismos para desenvolvê-lo, em nossa cidade, que torcemos para que essas perguntas impulsionem algumas reflexões. Dê sua opinião!
A Coordenação

Com a palavra (Informe Nº 01 - Jun/2010)

Estamos retornando com os Informativos da Associação. Ano de eleição e, portanto, nova fase:
reorganização das atividades, distribuição das funções, mas principalmente reorganização do pensamento para melhor direcionar a ação.
O Informativo retornou diferente e a Associação com muitas coisas a fazer. Informações, indicações, agenda, serviços. Agora vocês também poderão acessar o Blog, reativado para ser mais uma fonte de informação e qualificação. Além das atividades e serviços desenvolvidos pela Acat, ele vai trazer
entrevistas, literatura, opiniões e muitas outras coisas.
Envie para o nosso e-mail sugestões e indicações. Se possível, participe conosco na organização de
projetos e trabalhos. Uma Associação se faz assim: antes de qualquer coisa, de pessoas.

A Coordenação